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Grupos de Trabalho

GT 1 - Cena negra contemporânea: modos distintos de subjetividade

 

Coordenação: Dr. Adalberto Santos (UFBA) / Drª. Regina Maria Santos (IFBA) / Ms. Maurício Oliveira (IFBA)

 

As ações que instituem este GT buscam congregar pensares e fazeres sobre as poéticas, estéticas e epistemes negras contemporâneas enquanto tradução de experiências como agência.Adentra-se ao movediço terreno em que as narrativas de diferença se constituem e são organizadas, para tanto, reclama molduras conceituais auxiliares ao entendimento dos investimentos psíquicos que negros e negras acionam ao assumirem posições específicas na cena contemporânea, para então investigar a variedade de maneiras como a performance e performatividade na cena negra contemporânea narram formas de agência política, entendendo que o poder é constituído performativamente em práticas econômicas, políticas e simbólicas. Cena é o veículo que dá unidade às práticas performativas geradoras de modos de sociabilidades e,abertos a modos distintos de participação, mas apostando na experiência como prática de atribuição de sentido, convoca-se pesquisadores, pesquisadoras, discentes, docentes, artistas e ativistas ao exercício do abandono do domínio do certo para se deixar conduzir por um saber/fazer que faz do pessoal político e assim entender os fluxos que conformam a experiência de negros e negras como prática de atribuição de sentido, narrados por meio de artivismo que tem na performance e performatividade a sua força.

 

GT 2- O ponto de vista étnico-racial cristão afro-diaspórico - relações étnico-raciais, racionalidade ética e processos civilizatório na tradição judaico-cristã

 

Coordenação: Dr. Romilson Sousa (UNINASSAU)

O GT tem por objetivo agregar pesquisadorxs cristãxs e suas perspectivas sobre a temática étnico-racial. Pretende acatar  trabalhos que tenham como objeto de análise aspectos da religiosidade e espiritualidade de tradição judaico-cristã tais como  a problemática étnico-racial nos textos teológicos; aspectos da relação entre tradição judaico-cristã e os modelos econômicos e civilizatório ocidentais; política, trabalho, economia e suas intersecções com a tradição judaico-cristã no ocidente; liturgia, filosofia e hermenêutica judaico-cristã e seus aspectos teórico-metodológicos na produção do conhecimento; ética, razão e representação na experiência e tradição judaico-cristã. Aceitaremos ainda proposições de debates  sobre as religiões Abraâmicas (cristianismo, judaísmo e islamismo) e a globalização, aspectos da ascensão e mobilidade social nas religiões cristãs, com ênfase nas relações entre executivos negros e as religiões cristãs na contemporaneidade, além de estudos sobre cristianismo e ancestralidade africana e estudos comparados entre religiões e a tradição judaico-cristã.

 

 

 

GT 3 -  Corpos, Culturas e Relações Étnico-raciais

 

 

Coordenação: Ms. Francisco Sales Araújo Sousa (UNEB) /  Msª. Maria Dalva Lima de Macedo (UNEB) / Msª. Rosangela Souza da Silva (UFRB)

 

 

As discussões em torno dos corpos possibilitam o desenvolvimento de pesquisas em várias áreas de conhecimentos, tais como: Antropologia, Sociologia, História, Filosofia, Educação, Literatura, entre outras. Desse modo, o nosso Grupo de Trabalho discutirá sobre os corpos negros e serão privilegiadas abordagens que levem em conta, as marcas socioculturais dos corpos; as formas de educar que tentam “encarcerar” os corpos negros; os símbolos e signos que adornam os corpos e os (des)credibilizam nos espaços sociais; estudos de como os impérios coloniais impingiram aos colonizados formas dicotômicas de lidar com seus corpos.  Enfim, estudos e pesquisas que se referem aos corpos, histórica e socialmente construídos, atravessados por marcas religiosas, culturais e relações sócio-raciais excludentes, que colocam os corpos negros em desvantagens nos espaços em que circulam.

 

GT 4 - Expressões artísticas de autoria feminina afro-hispano-americana

Coordenação: Drª. Alessandra Corrêa (UFS) / Msª. Cristiane Paixão (UNEB) / Msª. Josenildes Freitas (UFBA)

 

O Grupo de Trabalho Expressões Artísticas de Autoria Feminina Afro-hispano-americana objetiva ampliar os debates sobre expressões artísticas contemporâneas produzidas por mulheres afro-hispano-americanas. Ao mesmo tempo pretende discutir sobre feminismo e interseccionalidade na diáspora negra da América Latina, através da interpretação de suas produções. Considerando-se que a diáspora africana resultante da colonização nas Américas é uma experiência comum à América Latina e, portanto, aos países hispano-falantes, os quais constituem de forma significativa esse território, pretende-se analisar quais estratégias são utilizadas pelas mulheres negras para (re)significar tal experiência. As reflexões buscarão visibilizar vozes e produções que foram e ainda são invisibilizadas em seus próprios países de origem, de modo a contribuir para sua maior circulação/propagação e para ampliar uma rede de conexões entre expressões artísticas da diáspora produzidas no continente.

 

GT 5 - Literaturas negras/afro-brasileiras, africanas: letramentos da (re)existência  para crianças, jovens e adultos

 

Coordenação: Drª. Maria Anória J. Oliveira (UNEB) / Dra. Daniela Galdino Nascimento (UNEB/UFBA) / Rosilda Alves Bezerra (UEPB)

 

O GT  visa à acolhida de pesquisas (parciais e/ou concluídas) considerando-se que, apesar de mais de quinze anos de alteração da nossa LDBEN 9.394/96 pela referida lei, ainda persiste a carência de suportes teóricos, críticos, literários e demais linguagens artísticas (letramentos)  plausíveis à formação docente em tais campos do conhecimento. Não desconsideramos, nesse contexto, o acintoso cenário de ameaça de mordaça às conquistas históricas galgadas nas instituições acadêmicas, na Educação Básica e em diversos setores socais.Torna-se urgente, portanto, repensarmos o papel das pesquisas frente ao racismo, ao epistemicídio e suas ciladas re/criadas para subjugar as diferenças expressas e impressas em diversas áreas, conforme evidenciado por Carlos Moore (2008) em seu célebre livro Racismo & sociedade.Atentando-nos aos retrocessos atuais, iremos dialogar/debater sobre conhecimentos produzidos na diáspora e em terras africanas (MBEMBE, 2014). Nessa esteira de pensamento convidamos à submissão de pesquisas sobre: literatura negra/afro-brasileira e outras linguagens artísticas, a exemplo de bonecas (os), filmografia, poesia, dança, hip-hop; enfim, letramentos de reexistência negra (SILVA, 2011).

 

GT 6 - Pensamentos e intelectuais negras(os) na África/diáspora: diálogos contemporâneos

 

Coordenação: Drª. Marluce de Lima Macêdo (UNEB) / Ms. Luiz Gustavo Santos da Silva (UNEB)

O  Gt reúne trabalhos científicos que versam sobre produções/criações dxs intelectuais negrxs, acadêmicxs ou não, de contorno internacional - África & Diáspora, representados em campos de saberes interdisciplinares e interculturais. Essas produções dizem respeito a proposições epistemológicas, estratégias políticas e de transformações sociais. O foco central desta proposta consiste na articulação dos discursos produzidos por intelectuais negrxs, ao longo de tempo, com as demandas atuais relativas às populações negras no mundo, a exemplo das novas formas de racismos e genocídios, os combates pela memória e pela autonomia em “velhos/novos” espaços de poder. A proposição de um diálogo sobre produções intelectuais negras busca ampliar o conhecimento e o debate sobre estas, particularmente no que diz respeito à potencialização de outros campos de referências que se afastam dos discursos brancos ocidentais, ainda hegemônicos na (re)produção de conhecimentos no atual contexto brasileiro, apresentando-se enquanto narrativas/discursos situados em outros locais e portanto representantes de outras experiências.

 

GT 7 - Literatura negra contemporânea

 

Coordenação: Ms. Jorge Augusto (IFMA) / Dr. Sílvio Roberto Oliveira (UNEB) / Drª. Zoraide Portela (UNEB)

Pretendemos acolher e discutir, neste grupo de trabalho, textos que se proponham a discussão da literatura negra, a partir das seguintes perspectivas: do feminismo negro, da crítica contemporânea, das relações entre negritude e periferia, e da proposição de uma contemporaneidade negra na literatura brasileira. Serão privilegiadas perspectivas críticas que abordem a literatura negra a partir dessa produção encruzilhada, acentuado os aspectos éticos e estéticos das produções, mostrando como a textualidade negro-brasileira, em suas múltiplas inscrições, literárias, cotidianas, litúrgicas, musicais etc.. inscreve-se como um desafio para uma crítica literária hegemônica e eurocentrada. 

 

GT 8 - Direito, Estado, Poder e Democracia nas Contemporaneidades Afro-Diaspóricas

Coordenação: Msª. Elisa Rodrigues (UFBA) / José Ponciano de Carvalho Jr. (UFBA) / Misael Neto Bispo da França (UFBA) / Tiago Silva de Freitas (UFBA)

Esta proposta temática pretende suscitar o diálogo acerca do direito e das relações étnico-raciais na contemporaneidade, articulando os saberes acumulados na experiência dos espaços afro-negro-diaspóricos e jurídico-institucional-acadêmico sobre a resolução de conflitos no interior da sociedade. Sobretudo no atual momento de acentuada polarização entre sobrecidadãos e subcidadãos e de desintegração dos direitos, buscam-se propostas insurgentes de alternativa ao projeto neoliberal com intuito de reconstruir a noção de democracia e de problematizar os atuais meios de gerenciamento de conflitos impetrados pelo Estado no bojo das contemporaneidades afro-diaspóricas. Para tanto, serão acolhidas produções que promovam um debate transdisciplinar entre as diversas áreas das ciências sociais e do Direito.

 

GT 9 - Estudos Africanos Interdisciplinares: Pesquisa, ensino, cooperação e perspectivas de consolidação.

 

Coordenação: Dr. Wilson Roberto de Mattos (UNEB) / Drª. Suely Santos Santana (UNEB) / Ms. Denilson Lessa dos Santos (UNEB)

 

 

Os Estudos Africanos, de um modo geral, se apresentam no universo intelectual como um campo interdisciplinar de reflexão, produção de conhecimentos e formação  cujos contornos atuais vem se redefinindo no Brasil de forma ainda bastante incipiente  se considerarmos as demandas acadêmicas e políticas colocadas pela contemporaneidade, sobretudo, após a edição da Lei Federal nº 10639-03. Em relação à pesquisa, é certo afirmar, tem havido um notável avanço. Tomando como um dos indicadores desse avanço os Programas de Pós-Graduação em diversas áreas das humanidades, percebe-se a emergência de teses e dissertações cujos temas tratam de aspectos diversos de países do continente africano. No entanto, em termos comparativos, as universidades brasileiras ainda estão muito aquém da dinâmica acadêmica e desenvolvimento de áreas institucionais de estudos africanos existentes em um grande número de universidades no mundo.É relevante observar que os estudos clássicos sobre o continente africano, de um modo geral,já não são suficientes para a compreensão das configurações que caracterizam o transcurso histórico dos povos africanos nos seus múltiplos aspectos e formatos histórico-sociais de manifestação, do ponto de vista das demandas políticas de conhecimento daqueles que ocupam posições subalternizadas no âmbito das relações de poder. Como decorrência, não se ajustam mais a formatos epistemológicos, conceituais e temáticos herdeiros de uma tradição intelectual eurocentrada que vem sendo substantivamente criticada ao longo das últimas décadas em nome da necessidade de dar voz e legitimidade a emergência protagonista dos povos subalternizados, não só como objetos de reflexão, mas como sujeitos produtores de culturas, histórias, memórias, saberes e conhecimentos. Sendo assim, a proposta do presente GT é reunir reflexões e pesquisas sobre o continente africano, de diversas áreas do conhecimento, que possibilitem agregar esforços intelectuais e políticos com o objetivo de institucionalizar no interior da APNB uma Área de Estudos Africanos, absolutamente autônoma, inovadora e com sustentação acadêmica independente dos grupos, historicamente hegemônicos, que já monopolizam e segregam grande parte dos espaços, recursos e políticas que fomentam o desenvolvimento satisfatório dos Estudos Africanos no Brasil.

 

GT 10 - Traduzindo no Atlântico Negro

 

Coordenação: Drª. Denise Carrascosa (UFBA) / Msª. Hilda França (UFBA) / Msª. Luciana Reis (UFBA)

 

Propomos diálogos que problematizem a teoria e a prática tradutória, em  um sentido genealógico e contemporâneo, a partir das experiências afrodiaspóricas de produção de subjetividades e resistências às diferentes necropolíticas -  epistemicidas e genocidas - constitutivas do sistema de governabilidade ocidentalizado. Estaremos atentxs a sugestões de debates que pensem o exercício da práxis tradutória negra, para além de uma conexão entre línguas, como uma plataforma epistêmica estético-política de transcriação de diferentes estratégias de continuidade e expansão da vida negra na afrodiáspora.

 

GT 11 - Letramentos de reexistência: culturas, subjetividades e identidades

 

Coordenação: Drª. Irenilza Oliveira e Oliveira (UNEB) / Drª. Ana Lúcia Silva Souza (UFBA) / Msª. Jancleide Teixeira Goes (UFBA) / Msª. Vérciah Gonçalves Conceição (UFBA)

 

Os trabalhos recebidos neste eixo devem tratar das diferentes maneiras pelas quais os letramentos se inscrevem nas culturas negras e periféricas, de modo geral como potência de reinvenção e reexistência histórica e (est)ética, entre elas: as produções da cultura hip-hop, as rodas de samba e de capoeira, saraus, slams, maracatus, congados, terreiros e outros lugares de aprender que, dentro ou fora da escola, têm nos permitido, contra hegemonicamente e por meio de um discurso- ação, produzir vida. Os trabalhos também podem refletir sobre a escrita como forma de seleção/exclusão/reexistência do estudante universitário periférico, geralmente oriundo da escola pública, com singulares vivências e contatos com a cultura escrita, a partir da produção dos diferentes discursos que circulam no âmbito escolar/acadêmico. Serão bem-vindos também trabalhos que pensem essas produções de linguagem com outros marcadores de desigualdades, em perspectiva interseccional, que dialoguem com estudos linguísticos. Áreas como Antropologia, Sociologia, História e Literatura em diálogo com o campo de visão de Linguística Aplicada serão acolhidas para (des)pensar o que usualmente se tem produzido como conhecimento colonizador e opressor. Esperamos com esse GT dar continuidade às discussões empreendidas em outros eventos e fóruns nos quais as propositoras vêm, há alguns anos, se perguntando: qual pode ser a potencialidade do conceito de reexistência presença e vozes da população negra, e marginalizadxs no espaço acadêmico e na vida?

 

 

GT 12 - O negro surdo e os seus movimentos políticos e culturais

 

Coordenação: Msª. Letícia Damasceno (UFBA)

A proposta deste grupo consiste em possibilitar diferentes diálogos sobre a atual situação dos movimentos organizados pela Comunidade Negra Surda Brasileira,retomando reflexões já realizadas entre negros surdos e ouvintes acerca dessa questão e as proposições vistas em edições anteriores do Congresso Nacional de Inclusão Social do Negro Surdo (CNISNS) e no I Simpósio dos Estudos Surdos e da Libras: conscientização e empoderamento de negros surdos, realizado na Universidade Federal da Bahia em novembro de 2018.Ressalta-se a presente invisibilidade dos surdos em uma sociedade majoritariamente ouvinte. A Língua de Sinais, apesar do reconhecimento legal pela Lei de Libras, Lei 10.436/2002, permanece, ainda, num âmbito de pouca valorização, e, nesse contexto, onde surdos são postos em lugares de marginalidade socioeducacional, o negro surdo se vê sob um estigma reforçado pelo racismo. Dessa forma, aspectos como contemporaneidades negras surdas, valorização da Identidade Negra Surda, preconceito, desigualdade social, bullying contra negros surdos nas escolas, mulher surda e negra, políticas de insurgência e ações afirmativas, Arte Negra Surda, dentre outros, serão trazidos para as nossas rodas de conversa e de trabalho no intuito de fortalecer as interações entre surdos e ouvintes que se preocupam com a relevância dessas questões, fornecendo subsídios para uma melhor compreensão dos movimentos políticos e culturais de negros surdos no Brasil.

 

 

GT 13 - Gênero e relações étnicorraciais

Coordenação: Drª. Denize Ribeiro (UFRB) / Drª. Angela Figueredo (UFRB)

As perspectivas teóricas de gênero e das relações étnico-raciais dão visibilidade à realidade das relações sociais no Brasil e emergem das experiências de grupos subalternizados como parte do processo de suas lutas por auto-afirmação e reconhecimento da  diversidade étnico-racial que compõe a sociedade brasileira, a interseccionalidade entre gênero e relações étnico -raciais focaliza sujeitos que até então foram invisibilizados. Nesta perspectiva, buscamos um dialogo interseccional  que reflita a condição de gênero, raça, classe e descolonização do conhecimento, bem como pensar nas dessemelhanças entre as mulheres no Brasil e as experiências das mulheres negras, em particular, a partir de debates empíricos e reflexões teóricas que nos leve a pensar a condição de gênero no nosso país.

Partindo do pressuposto de que as mulheres negras estão sujeitas a múltiplas e simultâneas vulnerabilidades, o Coletivo Combahee River (1982), um pequeno grupo de mulheres de Boston publicou um manifesto chamado ‘A Black Feminist Statement”, documento que argumenta que qualquer perspectiva que considere somente a raça ou outra que considere somente o gênero, resultaria em análises parciais e incompletas em relação a injustiça social que caracteriza a vida das mulheres negras e que raça, gênero, classe social e sexualidade, todas elas moldaram as experiências das mulheres negras. O manifesto propunha que os sistemas separados de opressão, como eram tratados fossem interconectados. Assim, os estudos interseccionais se configuram um projeto de justiça social, de equidade de direitos que não só buscam o que produz as diferenças, mas acionam o Estado para aprovação de políticas públicas que contemplem a diversidade.

Em tempos de recrudescimento do conservadorismo, avanço de ideologias que visam oprimir as minorias, bem como servir a elite conservadora brasileira e ao capitalismo de maneira que populações negras, indígenas, quilombolas, ribeirinhas vem sendo não só oprimidas, mas exterminadas, urge uma discussão que contemple a diversidade. Sujeitos como mulheres, negros, homossexuais vêm sofrendo com crescentes ataques racistas, homofóbicos e o número de feminicídio vem aumentando no nosso país.

Portanto, este GT configura-se um espaço de reflexão das desigualdades raciais, de gênero, classe e sexualidade e oferece subsídios para que cruzemos a linha das diferenças e busquemos o entendimento da diversidade.

 

 

GT 14 - Saúde da população negra

Coordenação: Drª.Edna Araujo (UEFS) / Drª. Emanuelle Goes (UFBA) / Drª. Clarice Motta (UFBA)


Este grupo temático pretende trazer discussões em torno das dimensões raciais e de gênero que impliquem nas condições de vida e saúde da população negra. Enfocaremos: as doenças e os agravos mais prevalentes; as políticas e programas de saúde implementados; a saúde das mulheres negras; os impactos do racismo na saúde; as estratégias de promoção da saúde da população negra; avaliações de situações de saúde e de políticas; relatos de experiências e de praticas desenvolvidas. Os diversos aspectos em diferentes áreas da saúde e em variadas fases da vida. Relatos de estudos e pesquisas e de projetos de extensão que enfoquem a saúde da população negra. A saúde das populações negras rurais, comunidades tradicionais quilombolas e das religiões de matriz africana, a medicina tradicional africana, práticas interativas, populares e complementares. O Genocídio, feminicídio e epistemicídio e seus impactos na saúde da população negra. As artes negras e a religiosidade como promotoras de saúde.

 

 

 

GT 15- Estéticas/estesias da descolonização e do antirracismo: concepções, artefatos, performances.

 

Coordenação: Dr. Jesiel Filho (UFBA)

 

O titulo desta proposta busca traçar um horizonte largo de referenciais que orientem paras a adesão a um trabalho reflexivo e dialógico desdobrado a partir de enfoques e objetos artísticos tão variados, em sua natureza,  quanto constituídos por sensibilidades diferenciais. Pretendemos dar espaço a narrativas e debates que, para além da reprodução descritiva, ou da reconstrução interpretativa de obras e  experiências artísticas que se situam no campo identitário etnicorracial ( destacadamente  o afro-negro- diaspórico, em articulação interseccional aos campos da sexualidade e dos estamentos de classe), deem relevo à problematização das especificidades de produção e recepção das formas de polissemia, de perspectivarão, de re-presentação, de criação de sentidos intelectuais e sensórios, de imaginários e subjetivações, que visam, prioritariamente, deslocar, interromper ou superar forças reprodutoras das epistemes da colonialidade e da raça. Partindo do arquivo de questões e idéias derivado das interlocuções entre pensadorxs  como Valentin Mudimbe, Walter Mignolo  e Grada  Kilomba, este GT objetiva também ampliar a disseminação de fontes diferenciais (sobretudo provenientes das localidades do Sul Global) para a discussão sobre os fenômenos  artísticos engajados nas  tarefas da reconstituição cultural que operam em divergência ás balizas clássicas ou modernas do ocidentalismo e da branquitude.

 

GT 16 - Escritas de si, memórias e vivências identitárias

 

Coordenação: Drª. Isabelle Sanches Pereira (UNEB) / Drª. Maria Nazaré Mota de Lima (UNEB)

 

O grupo acolhe trabalhos que, utilizando diversas linguagens, expressem retratos de si e do outro, por meio de textos escritos e/ou falados, composições musicais, filmes, performances, memórias, vivências de pessoas que convivem com desigualdades, exclusões, estigmatizadas por causa de suas identidades de gênero, raça, etnia, sexualidade, religiosidade, territorialidade. As autorias, individuais ou coletivas, podem emergir de pessoas e/ou grupos com vínculos diversos, experiências educacionais, religiosas, artístico-culturais, dentre outras, resultantes de ações engendradas em espaços sociais, de modo geral.

 

GT 17 - Educação das Relações Étnicas

 

Coordenação: Drª. Marise de Santana (UESB) / Dr. Edson Dias Ferreira (UEFS) / Dr. Marcos Lopes Souza (UESB) / Dr. Natalino Perovano Filho (FAC, PPGREC/UESB) 

 

Este grupo de trabalho busca entender o fenômeno Étnico e seus processos de adscrições enunciadores de Identidades, Raça/Racismos, Culturas, Grupos Étnicos que denunciam relações culturais e raciais assimétricas, fruto dos processos contemporâneos de descolonização e decolonização. Nesta perspectiva as pesquisas interdisciplinares em que estes diferentes pesquisadores e pesquisadora vêm desenvolvendo em seus diferentes grupos de pesquisas, buscam entender de forma interdisciplinar as Relações Étnicas e suas possibilidades de interfaces com as seguintes temáticas: Legados Africanos incluindo as Religiões de Matrizes africanas, Imagens enunciadas por Linguagens Visuais, Construções das Etnicidades de Gênero e Sexualidades. Tais estudos vêm tomando categorias que se estabelecem como páreas, parceiras, que não permitem assimetrias entre elas, mas denunciam as assimetrias impostas por padrões sociais brancos, heterossexuais e maniqueístas.

 

 

 

GT 18 - Roda de Conversa Sobre as relações políticas dos Afro-brasileiros na Bahia

 

Coordenação: Dr. Nilo Rosa dos Santos (UEFS)

 

Com o fim da ditadura militar, a disputa pelo pode político no Brasil em geral e na Bahia em  particular passa a se dar dentro dos moldes das modernas democracias ocidentais, tendo o sufrágio universal como forma de acesso ao poder. Este acesso se faz via partidos políticos de vários espectros ideológicos;  entretanto, deste período até o momento atual não observamos significavas mudanças no quadro político no que tange às/aos Afro-brasileiras/os. Por outro, lado houve um avanço significativo em importantes campos sociais, principalmente no espaço acadêmico. Mesmo com este avanço e  com a insurgência, os Afro-brasileiros neste espaço não tem ocupado o espaço político na mesma proporção. Por este motivo, a a Roda de Conversa objetiva discutir os aspectos raciais desse processo.

GT 19 - Infância(s) Negras(s) – Educação, Cultura e Interseccionalidade: desafios contemporâneos de igualdade étnico-racial na Bahia

 

Coordenação: Drª. Flávia de Jesus Damião (UFBA) /  Drª. Mighian Danae Ferreira Nunes (UNILAB) / Drª. Cristina Theodoro Trinidad (UNILAB)

 

A construção de novos sentidos para as infâncias negras constitui-se num eixo de análise científica e de ações estruturais fundamentais para o país na contemporaneidade.

O presente grupo de trabalho visa criar um espaço de debates e articulações entre pesquisas acadêmicas, experiências educacionais, culturais realizadas em diferentes âmbitos – organizações não-governamentais, creches, escolas, comunidades, universidades, secretarias de educação – que desenvolvem ações, práticas e pesquisas acerca do o universo das infância(s) negra(s), numa perspectiva interseccional. Ou seja, buscamos articular a discussão das infâncias negras às categorias de gênero, classe social, idade/geração, religiosidade, geográfica dentre outras, no campo da educação e da cultura .A aproximação das múltiplas dinâmicas de vida experienciada, sentida, sonhada por bebês, meninas e meninos negros, é tarefa necessária que nos coloca tanto desafios sócio-políticos quanto teórico-metodológicos, que demandam a revisão da lógica que tem presidido a produção e veiculação de conhecimentos e de práticas sociais elaborados sobre os significados do ser bebê(s) e criança(s) negra(s) na Bahia.Temos como horizonte criar um espaço coletivo para potencializar reflexões sobre problemas que contornam a vida de crianças negras baianas – incluindo aqui os bebês e as crianças negras pequenas - produzindo novas narrativas, novas miradas epistemológicas, novas estratégias de lutas e modos de vida que contribuam para a elaboração de políticas promotoras de igualdade étnico-racial para bebês e crianças negras baianas , tenham infâncias dignas, equânimes e felizes.

 

 

GT 20 - A história sociolinguística do português do Brasil como um processo multiétnico, mas segregacionista: repercussões contemporâneas na escola pública brasileira

 

Coordenação: Dr. Gredson dos Santos (UFBA)

 

Trata-se de Grupo de Temático que, numa perspectiva histórica, concebe a constituição sociolinguística do Brasil como um processo multiétnico. Assim, o GT pretende congregar propostas que ponham em debate: I) o papel, para a formação do chamado português popular do Brasil, das línguas indígenas e das línguas africanas faladas pelas populações submetidas ao regime colonizador, genocida e escravocrata; II) as consequências do aprendizado forçado da língua portuguesa por escravizados africanos e pelas gerações deles descendentes; III) características sociolinguísticas atuais das populações quilombolas; IV) os reflexos escolares contemporâneos da constituição do português num cenário historicamente multilíngue e multiétnico mas segregacionista; V) o preconceito linguístico como uma extensão do racismo à brasileira. Em termos gerais, o GT pretende evidenciar que as práticas escolares brasileiras, centradas em atividades de letramento pensadas apenas para a elite branca brasileira e alheia às questões colocadas acima, é responsável pelas altas taxas de insucesso escolar (e consequente segregação social e cultural) da população negra brasileira. Sendo assim, o GT pensa que o acesso da população negra brasileira à chamada sociedade do conhecimento no século XXI está diretamente relacionado ao conhecimento de processos históricos ligados à imposição da língua do colonizador e ao modo como as práticas escolares se efetivam, sobretudo no que tange ao ensino de português.

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